Porque é que as pessoas acham sempre que podem tratar os outros como lixo?
Fico sempre estupfacta com certas situações, infelizmente, graças à situação do País e ao egoísmo das pessoas, cada vez tenho conhecimento de mais casos de amigos a trabalharem sem contratos, sem descontos, sem subsídios de almoço, sem receber horas extra e sem sequer poderem usufruir das horas extras quando precisam.
Se as pessoas se sujeitam? É certo que sim, mas entre receber pouco e ter o que dar de comer aos filhos ou não receber nada e vê-los passar fome, qual a melhor opção? Acho que qualquer pai ou mãe, que se preze, opta pela primeira. E não me venham os moralistas dizer que o Estado ajuda e a família também, porque o Estado dá grandes abonos sim, mas a quem? A muitos dos que não precisam, e nem todos têm famílias que os possam ajudar, até porque se tivessem não teriam sujeitos a estas situações.
E quando já não precisam das pessoas o que fazem? Limitam-se a dizer: "Maria" a empresa vai fechar, ou, não precisamos mais de ti. E à pergunta do então e a minha situação? A resposta passa sempre pelo, nós não temos qualquer vínculo laboral, você não tem contrato! Não interessa se não têem contrato por culpa de quem paga, o que interessa é que não têem e como não têem, rua, com uma mão à frente e outra atrás. E muitos deles o que fazem? Nada, com medo de terem de pagar o que não têem á Segurança Social, com medo de ainda se colocarem numa alhada maior, com medo de piorarem a sua situação, de irem gastar em advogados o dinheiro que não têem.
Por isso acaba tudo por "passar em águas de bacalhau" e repetir-se, exactamente igual, com quem aparecer a precisar de trabalho a seguir.
Será possível haver um pouco mais de respeito pelo próximo? Será possível colocarem-se na situação de quem precisa?
Algumas fotos do sítio onde fomos passar este dia especial :)
Chegamos um pouco antes do jantar, fomos colocar as coisas ao quarto e aproveitar para ficar um pouco na varanda, estava um silêncio quase absoluto, apenas se ouviam os pássaros, descemos para jantar, o jantar não incluia bebidas, pedimos sangria branca (sem ver a carta das bebidas, mas ninguém trouxe e uma pessoa fica com vergonha de pedir dar um ar de pobre... o colaborador do hotel voltou e perguntou, pretende a sangria de vinho ou champanhe? esperei uns segundos e respondi, de vinho por favor... não fosse ter de ficar lá a lavar copos, no final do jantar, uiiiiiii que alivio, a sangria custava €14,00).
No dia seguinte, o pequeno-almoço foi assim para cima de bom, algo que devia ter todos os dias ao meu dispor... mas o dia não estava para grandes banhos de sol pelo que tivemos de ir para a piscina interior (escolher um hotel em Sintra implica ter atenção o Micro-clima, manhoso, desta zona) maravilhoso até termos uma pequena criatura a começar a chorar e a bom chorar meus amigos, mas os pais foram simpáticos e quando começaram a ver o pessoal com ar pouco paciente pegaram na criança e rua com ela, voltaram quando lhe passou a birra e todos nós agradecemos, é que se há coisa que os pais de vez em quando se esqueçam, é que as birras dos filhos quando começam a ser insuportáveis para eles já deixaram os outros com vontade de zarpar.
Acabamos por vir embora a meio da tarde, contentes com a minha escolha e tenho a dizer: "Meu amor, para o ano a fasquia está alta!"
Ele hoje vai, sem saber onde, nem fazer o quê... apenas sabe que vamos comemorar este 7 anos de namoro e vida em comum, e eu, eu sei que o amo cada vez mais <3
Esta foi a frase que hoje, ao almoço, o meu amor proferiu... sempre que profere estas palavras eu sorriu e sinto como que uma energia extra a invadir-me, pois mostra que sem dúvida alguma me conhece bem, sabe qual a minha essencia e o que preciso para ser feliz :)
Como já aqui escrevi anteriormente eu gostava mesmo de fazer algo diferente, se há algo que sinto falta actualmente é precisamente de "andar no terreno", de ter contacto com o público, de ter uma equipa a puxar por mim e por quem eu puxe também, eu gosto do que faço, gosto de tratar da contabilidade e levar as coisas direitinhas, mas falta-me algo, falta-me cor, faltam-me pessoas em redor, falta-me movimento!
A vontade é muita, mas o desconhecimento também. E se pudesse o que faria?
Cresci rodeada de pessoas de manhã á noite, sei o que é o público, sei o que são os clientes que se tornam amigos para toda a vida, aqueles que independentemente dos anos passados têm partilhado os bons e os maus momentos da minha vida.
Gostava muito de ter um espaço onde partilhasse tudo isto, que tivesse roupas coloridas e fluídas, calçado, mas que também tivesse espaço para um café com os amigos, um conceito diferente, que certamente já existe, num registo pouco habitual! O que me falta?
Um requisito essencial, o € suficiente para o investimento necessário e a par disto alguém que conheça o negócio, pois embora não me pareça impossível acho muito difícil entrar neste meio e ter sucesso sem aquele click de sorte!
Acredito que um dia vou lá chegar, como diria Fernando Pessoa: "Tenho em mim todos os sonhos do Mundo!"
Fico sempre dividida entre estas duas vertentes, por um lado tenho muitas ideias, projectos, ambições, sonhos, desejos, por outro há o medo de errar, a preguiça, o pensar que irá dar muito trabalho, muitas dores de cabeça, vai exigir mais de mim, mais dos que me rodeiam...
Um dos meus projectos/ sonhos é sem dúvida vir a conseguir trabalhar por conta própria, não por estar na moda, não por ser menos trabalhoso, que não o é de todo, mas por achar que faço um bom trabalho, dedico-me, esforço-me por mais e por melhor e hoje em dia isso infelizmente não é tão valorizado quanto gostaria.
"Fazer o que?" é a questão, hoje em dia não se pode ter uma ideia a avançar só por si, é preciso capital, é preciso estudar a sério um projecto, é preciso tratar de papéis e mais papéis, ter várias pessoas com quem se possa contar e é necessário ter alguma folga financeira para as despesas extras que aparecem sempre.
Se perguntar aos que me rodeiam se me posso queixar? Não, não tenho nenhuma formação superior e até ganho mais ou menos, se estou satisfeita com isso? Não! Pretendo ter uma vida que me permita aquilo que ainda não tive até aqui, poder fazer viagens, ter uma disponibilidade financeira diferente, poder dispor os meus horários de acordo com o que necessito, poder tirar um dia, uma manhã ou uma tarde para estar com os que me são próximos.
Ambicioso? Talvez, mas possível e é de sonhos que vive a vida e a felicidade!