Quem diz o que quer, ouve o que não quer*
Eu tenho de ter uma paciência considerável para aturar certas coisas e tento não responder mas há coisas que não podem ficar sem resposta.
Ontem (não vou explicar tudo senão ficam aqui o resto do dia)
Tentava eu convencer despachar um dos pastores alemães que ai veêm a um senhor quando se aproxima a mulher dele e como sempre se mete na conversa...
Eu:Tem a certeza que não quer um?
Ele: Já cá tenho 3, mas são mesmo bonitos.
Ela (que se aproxima entretanto): Um cão? Eu quero é o meu gato, que fugiu já à uma semana, sabe-se lá onde anda.
Eu: Deixe lá, ele volta, os gatos gostam sempre de ir dar uma voltinha.
Ela: É um gato doente, faz medicação, precisa de muitos cuidados, é um gatinho de casa, habituado a mimos.
Ele: Com certeza já morreu, mas é.
Ela: Não digas isso!
Eu: Olhe, se morreu, foi fazer companhia à minha Betty.
Ela: Olha agora, comparar um gato e um coelho, um coelho é um gato mal-parido, ah ah ah (gargalhada). Nada disso, o meu gato foi apanhado por uma senhora velhota muito querida.
Eu (que ouvi aquilo e nãoooooooooooo gostei, que não sou capaz de ficar calada, nem levo desaforo para casa, não resisti): Foi apanhado por uma velhota muito querida que fez com ele gato à caçador, assim como assim um coelho é um gato mal-parido! ah ah ah (gargalhada geral)
Ela: Ai que estúpida, amor vou-lhe furar os pneus do carro.
Claro que o meu H. me disse quando íamos a caminho de casa, eu sabia que aquilo do mal-parido não ia ficar sem resposta.
* já é um ditado muito antigo e não há nada tão certo como a sabedoria popular