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A Berindeira Doce

Um blog que retrata uma vida (a minha) perfeita no meio de tanta imperfeição, entre desejos, sonhos, projectos e a realidade!

A Berindeira Doce

Um blog que retrata uma vida (a minha) perfeita no meio de tanta imperfeição, entre desejos, sonhos, projectos e a realidade!

Irmãos <3

Esta noite tive um sonho péssimo, ou melhor um pesadelo dos grandes, estranho, perdia o meu bem mais precioso, desaparecia parte do meu ser, parte de mim, o meu irmão, um destes dias li que normalmente não nos apercebemos do valor dos nossos irmãos por eles crescerem connosco, por serem uma extensão de nós e é tão verdade, não o vejo como não sendo meu, mesmo que ele siga o seu caminho, que case, que tenha filhos, ele é e será sempre parte de mim, é o meu amor maior e neste Mundo somos só nós dois a família que restou, embora tenhamos "adoptado" outra casa como nossa e tenhamos um amor imenso por quem nos criou, pela prima que é irmã, da nossa casa só restamos nós eu e ele e eu espero nunca viver sem ele, este é o meu desejo mais profundo porque até me falta o ar e me sufoca o peito a idéia quanto mais a realidade.

 

 

Aqui fica o texto que me apaixonou e que palavra por palavra descreve o que sinto e o que devem sentir todos os irmãos :)

 

«Pensamos todos os dias no valor incomensurável dos filhos e dos pais, sabemos o quanto vale cada amigo, mas não contabilizamos os irmãos
Só se percebe verdadeiramente a importância das coisas ou das pessoas quando as perdemos. Quando as consideramos tão garantidas como o ar que respiramos, nem pensamos no seu valor. Não fazemos contas, assim como um milionário não faz contas para ir à mercearia nem sabe as oscilações do preço da bica. Com os irmãos é assim que as coisas funcionam. E é por isso que funcionam tão bem.
Nós não sabemos quanto vale um irmão. Nem pensamos nisso. Pensamos todos os dias no valor incomensurável dos filhos e dos pais, sabemos o quanto vale cada amigo, mas não contabilizamos os irmãos. É diferente com eles. É diferente porque os irmãos são de graça. Eles caem-nos ao colo sem planeamento, sem poder de escolha, sem pensarmos nisso. Também é diferente porque nós crescemos com eles e crescemos juntos em tudo. Começamos desde pequeninos a lutar, a brincar, a discutir, a partilhar a casa de banho, o quarto, as meias, os jogos, os pais e os outros irmãos. Eles crescem a meias connosco e por isso acabam por ficar mais ou menos nós.
E é por isso que os irmãos nos conhecem melhor que os nossos pais ou amigos. Conhecem-nos os tiques, as fraquezas, os gostos e as sensibilidades; sabem o que quer dizer cada expressão nossa, aquilo que nos faz chorar e os limites da nossa tolerância. Também sabem que podem ultrapassar todos esses limites porque nada acontece, porque não há divórcios de irmãos. Os irmãos não prometem amar-se na saúde e na doença até que a morte os separe. Não precisam: quer prometam quer não, quer queiram quer não, é mesmo assim que vão viver. 
Em todas as outras relações é preciso tempo. É preciso guardar tempo e ter tempo para estreitar laços, criar cumplicidades, ganhar confiança ou aprofundar as relações. Mas os irmãos não precisam de tempo. Nós gostamos dos nossos irmãos o mesmo que sempre gostámos apesar do tempo. Nem mais nem menos um bocadinho que seja. Podemos passar anos sem nos falar que não é por isso que as cumplicidades, os laços, a confiança (muita ou pouca) se esvanece. Os irmãos são imunes ao tempo, à distância ou às zangas e isso torna-os à prova de tudo.»

http://aummetrodochao.blogs.sapo.pt/

 

Amo-te André, com a maior de todas as forças <3